sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Expectativas frustradas

Quando coisas que deveriam acontecer não acontecem, as pessoas geralmente escolhem uma dessas duas posturas: lamentam o problema ou transformam o evento inesperado em uma oportunidade.

Meu personagem desta semana se chama Konstantinos Koufos. Deveria se chamar Ricky Rubio, mas, em sua última partida pelo Europeu sub18, as bolas de três não caíram. A crônica deveria exaltar mais uma vez o basquete espanhol, mas a Lituânia aprontou para cima da Sérvia (75 a 71) e roubou do time ibérico a vaga nas semifinais.

Tudo bem. Ótima oportunidade para falar do grego mais norte-americano na competição. Koufos é nascido em Ohio, EUA, mas defende a Grécia e o faz com dignidade espartana. Hercúleo, com 2,16m, ele vem conduzindo sua equipe por uma campanha irretocável, com cinco vitórias em cinco partidas e mantendo uma média de 23,7 pontos e 11,8 rebotes, ele também se torna o destaque individual no torneio do Velho Mundo.

O Hércules importado do país do basquete pela terra dos mitos tem tudo para se tornar lendário: físico, técnica, regularidade (em sua pior partida, contra a Bulgária, ele fez 18 pontos e pegou 10 rebotes). Falta agora apenas uma coisa. Ele tem que continuar jogando bem. Assim, aquilo que deve acontecer, sucederá e eu, bom, eu poderei escrever aquilo que planejei.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Alex: "É possível ganhar dos EUA"

Ainda com a mão enfaixada, treinando separadamente, o ala Alex da seleção brasileira e do Brasília falou com exclusividade a este repórter nesta semana. Segue a entrevista na íntegra:

Blog: Os EUA não garantiram a vaga olímpica no Mundial. Agora tentam no Pré-olímpico. Numa partida contra eles, quais são as chances do Brasil?

Alex: Fizemos um amistoso na China antes do Mundial contra a seleção americana e perdemos nos detalhes. Vínhamos ganhando principalmente no último quarto, que ficamos na frente o tempo inteiro e no final acabamos perdendo o jogo. Erramos uma bola e eles fizeram uma cesta, mas foi um jogo duro, um jogo intenso. Acho que a nossa equipe encaixa. No Pré-olímpico passado, em 2003, a gente terminou o primeiro tempo na frente e, às vezes na ansiedade, na vontade de decidir logo, a gente acabou até perdendo por um placar elástico (nota do blogueiro: 110 a 76, 49 a 47 no primeiro tempo). É um jogo duro, será bem jogado. Nós vamos com vontade para conseguir essa vaga olímpica. É o que nos vamos fazer.

B: Você passou um tempo atribulado por lesões no San Antonio Spurs. Agora, de volta ao Brasil, voltou a jogar bem e é Campeão Brasileiro pelo Brasília. Está se sentindo novamente no topo?

Alex: Estou fortalecido. Nós fizemos um ótimo campeonato brasileiro pelo Brasília, ficamos ele todo na frente e terminamos com o título. Fomos os melhores o tempo todo, mostramos que fomos a melhor equipe.

B: A contusão na mão não te aflige?

Alex: Estou bem agora, sentindo bem o ritmo apesar da contusão na mão, que não me preocupa, porque estou numa fase boa (n.d.b.: a recuperação completa está prevista para o próximo dia 20). Queria disputar o Pan-americano, por causa da lesão não pude, mas para o Pré-olímpico estou bastante confiante. Estou feliz neste momento da minha carreira e espero poder ajudar a seleção a conseguir uma vaga.

B: Quanto a posicionamento, qual será sua função no Pré-olímpico?

Alex: No Sul-americano eu joguei mais como um 3 (ala de força), mas durante o jogo você chama o jogo, faz o trabalho de armador, leva como um 2 (armador de definição). Na seleção, eu poderia ajudar de 1, 2 e 3, às vezes até fazendo o 4 (ala-pivô) também. Eu tenho facilidade de jogar como ala, pego as jogadas facilmente em todas as posições e sei fazer posicionamentos de pivô, gosto de jogar no garrafão, de costas.

B: E contra pivôs mais altos, como você faz?

Alex: Mesmo quando o pivô adversário é alto dá pra jogar. Marquei o Murilo várias vezes na final do Brasileiro. Eu gosto de marcar jogadores maiores do que eu, porque eu tenho uma certa facilidade. Se bater bola na minha frente eu roubo, se jogar de pivô eu tenho um pouco de força para segurar. No que a seleção precisar, eu estou disposto a ajudar.

B: Fale um pouco da conquista do Nacional e da final contra Franca.

Alex: Foi muito mais gostoso ganhar fora de casa. Ainda mais quando se fala de Franca. A gente sabe que o torcedor de lá é fanático e a rivalidade, principalmente por mim, Nezinho, Artur e Marcos, que jogamos pelo Ribeirão, já existia contra o time deles. Quando eles estavam nas semifinais contra Uberlândia, nós queríamos que Franca ganhasse porque ganhar deles é especial. Nunca vencemos Franca na final antes, batíamos o time deles, mas nas semis ou quartas e esse ano pegamos nas finais. Vencemos facilmente as duas partidas em casa, perdemos o terceiro jogo nos detalhes. No quarto jogo, mantivemos a regularidade e levamos o título.

B: E o comportamento dos torcedores de Franca? (atiraram copos e outros objetos na quadra após a derrota).

Alex: A atuação que a torcida teve não é digna de uma final como foi a que tivemos, com dois ginásios lotados. O público mostrou que o basquete brasileiro está forte, mas, lamentavelmente, a torcida de Franca não soube perder. O pessoal de lá se revoltou e nós só fizemos o nosso papel. Ganhamos lá dentro, quisemos comemorar e eles não deixaram, mas isso é passado, temos que esquecer e tocar a bola pra frente.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Baloncesto hablando español

Com a invasão latina aos EUA, muitos norte-americanos tiveram de aprender a falar espanhol. Paralelamente, o basquete também vai descobrindo que o castelhano é importantíssimo para sua vida.

Não. Antes que alguém pergunte, não há uma onda de panamenhos, mexicanos, cubanos ou guatemaltecos invadindo as quadras ou os bastidores da NBA. O que acontece é que a Espanha, atual campeã mundial, não pára de se renovar e, essa sim, pode povoar, em breve, boa parte dos times da liga norte-americana.

No Europeu Sub-18, que acontece em Madri nesta semana, a equipe ibérica é a segunda colocada de seu grupo e tem contado com grandes atuações do armador Ricky Rubio. A última vítima foi a Alemanha, derrotada por 82 a 56. Rubio foi o cestinha com 20 pontos, seguido pelo colega Sergio de la Fuente, que anotou 15.

Desta forma, o selecionado espanhol ajuda a Espanha a se consolidar no cenário da Bola ao Cesto. O país já tem uma das ligas mais fortes do mundo (segundo alguns, a mais disputada depois da NBA), contando com Real Madrid, Tau Vitoria e outros times de ponta. Agora, com Pau Gasol e outros jovens, como o recém-draftado Rudy Fernandez e o próprio Rubio, a seleção mostra um país que deve continuar protagonista na modalidade.

A Sérvia também começa a mostrar que sabe viver sem Bodiroga, Stojakovic e Divac e vai se renovando. A equipe lidera o grupo em que se encontra a Espanha e conta com dois pretendentes a astros: Milan Mcvan (pivô de 2,03m, com médias de 17,8 pontos por jogo e 10,8 rebotes) e Stefan Stojacic (armador de 1,95m, que tem anotado 15,5 pontos por jogo).

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Conhecendo os novatos da NBA

Já que esta é a primeira coluna do rookie report, achei por bem apresentar a classe draftada neste ano para que o leitor já comece a se acostumar com os jogadores que trataremos durante a temporada. Logo abaixo está uma pequena descrição de cada atleta escolhido na primeira rodada.

Vale lembrar que a expectativa acerca destes jovens jogadores é grande. Muitos apontam essa safra como sendo tão boa ou até melhor do que a de 2003, que contou com LeBron James, Carmelo Anthony, Dwyane Wade e Chris Bosh (além do brasileiro Leandrinho).

1 – Greg Oden, pivô (2,13m)
Faculdade: Ohio State
Franquia: Portland Trail Blazers


Oden não fez uma grande Liga de Verão. O gigante vem se recuperando de uma cirurgia e deve mostrar a que veio já no início da temporada. Os Blazers confiam no garoto e se desfizeram de seu antigo pivô, Zach Randolph, que foi para os Knicks.

2 – Kevin Durant, ala (2,08m)
Faculdade: Texas
Franquia: Seattle SuperSonics

É o favorito na corrida pelo prêmio de Rookie of the Year (Novato do ano). Além de um físico tremendo e uma grande envergadura, o jogador já mostra que vem para ser comparado a grandes craques. Defenderá a seleção norte-americana no Pré-olímpico.

3 – Al Horford, ala/pivô (2,08m)
Faculdade: Florida
Franquia: Atlanta Hawks

Principal jogador do trio fantástico que faturou o título da NCAA pelo Florida Gators. Com a sua altura e físico avantajado, é apontado como um dos novatos que pode contribuir mais rapidamente com seu time. Teve uma média de 9,3 pontos e 9 rebotes por jogo na Liga de Verão.

4 – Mike Conley, armador (1,87m)
Faculdade: Ohio State
Franquia: Memphis Grizzlies

Foi irregular em seus primeiros jogos na Liga de Verão, principalmente no aproveitamento dos arremessos. Entretanto, ainda é esperado em Memphis como o armador que melhor distribui a bola nesta safra do draft.

5 – Jeff Green, ala (2,06m)
Faculdade: Georgetown
Franquia: Seattle SuperSonics


Com uma grande qualidade de passe para a sua altura e posição, deve ser uma contribuição imediata para o Seattle, que se reformula, construindo o time em torno de Kevin Durant. Jeff Green se mostrou um dos mais versáteis alas do basquete universitário ao longo da última temporada.

6 – Yi Jianlian, pivô (2,13m)
China
Franquia: Milwaukee Bucks


Ainda uma incógnita, não deve causar o mesmo impacto que seu compatriota Yao Ming. Talentoso e atlético, ele só terá problemas na NBA se continuar com atitudes questionáveis como a recusa a assinar com os Bucks. O chinês deve fechar contrato com a equipe de Milwaukee, mas já inicia a liga sob olhares de reprovação.

7 – Corey Brewer, armador (2,02m)
Faculdade: Florida
Franquia: Minnesota Timberwoloves

Os reformulados Timberwolves devem ter por um bom tempo um grande defensor no perímetro. Brewer chega a um time que tenta superar a saída de Garnett e, com seu talento na defesa, é promessa de alívio para um time que foi apenas o 22º a permitir menos pontos na última temporada.

8 – Brandan Wright, ala (2,08m)
Faculdade: North Carolina
Franquia: Golden State Warriors

MVP da Conferência da Costa do Atlântico na NCAA, o ala chega para reforçar o garrafão da equipe comandada por Don Nelson. A preocupação dos Warriors não parou na escolha de Wright. O time assinou com outro novato: Kosta Perovic de 2,18m.

9 – Joakim Noah, ala/pivô (2,11m)
Faculdade: Florida
Franquia: Chicago Bulls

Outro destaque dos Gators na NCAA. Excelente na defesa, mas ainda inexperiente, deve ajudar Ben Wallace & Cia. a aterrorizar (com jogadas e cabeleiras) os pivôs da Conferência Leste.

10 – Spencer Hawes, pivô (2,13m)
Faculdade: Washington
Franquia: Sacramento Kings

Com Brad Miller lutando contra contusões, os Kings sofreram na temporada passada. Para ajudar o veterano pivô, a franquia californiana trouxe Hawes, destaque nas categorias de base defendendo a seleção norte-americana.

11 – Acie Law, armador (1,91m)
Faculdade: Texas A&M
Franquia: Atlanta Hawks


Assistências. Ele deve terminar a temporada com muitas. O rápido armador do Atlanta ainda é inconsistente, mas em sua pior partida distribuiu cinco assistências na Liga de Verão, mantendo uma média de seis por jogo neste fundamento.

12 – Thaddeus Young, ala (2,0m)
Faculdade: Georgia Tech
Franquia: Philadelphia 76ers

Canhoto, Young tem um bom arremesso e é, provavelmente, o jogador mais atlético do draft de 2007. Entretanto, foi extremamente irregular durante o verão, fazendo partidas ruins. Dois double-doubles salvaram seu desempenho.

13 – Julian Wright, ala (2,02m)
Faculdade: Kansas
Franquia: NO/Okla City Hornets


Irregular no Verão, Wright dividirá minutos com Morris Peterson durante a próxima temporada. O primeiro ano do jogador na NBA não deve ser bombástico, mas com apenas 20 anos de idade, terá tempo para se desenvolver na liga.

14 – Al Thornton, ala (2,0m)
Faculdade: Florida State
Franquia: LA Clippers

Outro destaque na Flórida, mas pelos Seminoles. Thornton traz versatilidade aos Clippers e pode ser uma força no ataque durante a temporada regular, caso consiga melhorar seu aproveitamento nos arremessos de quadra.

15 – Rodney Stuckey, armador (1,96m)
Faculdade: Eastern Washington
Franquia: Detroit Pistons

Vindo de uma faculdade pequena, Stuckey foi uma surpresa para muitos neste verão. Foi o melhor jogador de um dos melhores times e deve dar profundidade ao perímetro da equipe comandada por Flip Saunders. Chauncey Billups e Rip Hamilton devem ter bons minutos de descanso, já que Stuckey pode jogar como PG e SG.

16 – Nick Young, armador (1,98m)
Faculdade: USC
Franquia: Washington Wizard
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Se Nick Young repetir na temporada regular seu desempenho na Liga de verão (0.388 de aproveitamento em tiros de quadra, 3-16 da zona dos três pontos), os Wizards terão de esperar um bom tempo para poder contar com ele.

17 – Sean Williams, pivô (2,08m)
Fculdade: Boston College
Franquia: New Jersey Nets


Bom em tocos, com uma boa seleção de arremessos, o New Jersey Nets conta com uma boa adição para seu elenco. Com o retorno de Nanad Krstic (lutou contra lesões na temporada passada), Williams terá tranqüilidade para se desenvolver na liga profissional.

18 – Marco Belinelli, armador (1,98m)
Itália
Franquia: Golden State Warriors

A grande surpresa da primeira rodada da Liga de Verão, anotando 37 pontos (5-7 da linha dos 3 pontos). Com um arremesso fatal, o italiano deve ajudar Baron Davis no perímetro ofensivo dos Warriors.

19 – Javaris Crittenton, armador (1,93m)
Faculdade: Georgia Tech
Franquia: Los Angeles Lakers


Os Lakers fazem de tudo para continuar com Kobe Bryant e começam escolhendo um talentoso armador para lhe entregar a bola. Ainda é difícil saber quantos minutos Crittenton terá devido à sua irregularidade, mas talento não falta ao garoto, que manteve média de 17 pontos por jogo na Liga de Verão.

20 – Jason Smith, ala/pivô (2,13m)
Faculdade: Colorado State
Franquia: Philadelphia 76ers

Inconsistente. Para piorar, chega ao início da temporada vindo de uma lesão no tornozelo. Sem grandes previsões para o enorme ala ex-Colorado State.

21 – Daequan Cook, armador (1,96m)
Faculdade: Ohio State
Fraquia: Miami Heat

Atlético, bom arremessador, não verá muitos minutos nesta temporada. Com Jason Williams e Dwyane Wade no elenco, além de um possível retorno de Gary Payton (ainda sem contrato), Cook deve ficar um bom tempo no banco.

22 – Jared Dudley, ala (2,0m)
Faculdade: Boston College
Franquia: Charlotte Bobcats


Para conseguir tempo na quadra do Charlotte, Dudley precisará suar. Adam Morrison e Gerald Wallace povoam sua posição e ele pode até ir parar na D-League. Entretanto, se jogar bem como no verão, merece uma vaga entre os 12 que iniciam a temporada pelos Bobcats.

23 – Wilson Chandler, ala (2,0m)
Faculdade: De Paul
Franquia: New York Knicks


Chandler deve estar agradando o chefão Isiah Thomas. No verão, ele confirmou as expectativas de ser um bom arremessador e manteve aproveitamento acima dos 50%, mas como tudo nos NYK é imprevisível, vamos esperar a temporada regular.

24 – Rudy Fernandez, armador (1,98m)
Espanha
Franquia: Portland Trail Blazers

Bom nos arremessos, especialmente atrás da linha de 3 pontos, deve sofrer para se equiparar a outros armadores, tanto em força, quanto em velocidade.

25 – Morris Almond, armador (1,98m)
Faculdade: Rice
Franquia: Utah Jazz

Armador acima da média, com boa condução de bola e bom arremesso. Ainda precisa confirmar as expectativas de ser um grande pontuador (manteve uma média de 26,4 pontos por jogo em seu último ano de faculdade).

26 – Aaron Brooks, armador (1,85m)
Faculdade: Oregon
Franquia: Houston Rockets


Provavelmente o melhor novato na Liga de Verão, ele terminou como sétimo cestinha e sexto melhor em assistências. Nesta temporada, deve dividir atenções com Steve Francis nos Rockets.

27 – Arron Afflalo, armador (1,96m)
Faculdade: UCLA
Franquia: Detroit Pistons


Mais um que ajuda Billups e Hamilton a descansar. Não deve ver muitos minutos, mas com um grande potencial na defesa e um bom aproveitamento nos tiros de média e longa distância, se encaixa muito bem no time dos Pistons.

28 – Tiago Splitter, ala/pivô (2,10m)
Brasil
Franquia: San Anotnio Spurs


O brasileiro ainda não deve estrear pelos Spurs nesta temporada. Sua multa no Tau Vitoria é muito alta e ele provavelmente passará mais um ano jogando na Europa.

29 – Alando Tucker, ala/armador (1,96m)
Faculdade: Winconsin
Franquia: Phoenix Suns


Ótimo passador, ele não tem altura suficiente para jogar como ala na liga profissional. Provavelmente será usado como armador e pode fazer sombra para o brasileiro Leandrinho.

30 – Petteri Koponen, armador (1,93m)
Finlândia
Franquia: Portland Trail Blazers

Armador é o que não falta no elenco dos Blazers. O finlandês já tem contrato com a equipe, mas dificilmente será utilizado.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Fim de semana em drops

Algumas notícias rechearam o último final de semana. Algumas delas importantese que podem mudar cenários na NBA.

Elton Brand: O ala, principal jogador do Los Angeles Clippers, rompeu os ligamentos do tendão de Aquiles. os médicos da franquia ainda não apontam quanto tempo ele deve ficar de fora, mas provavelmente perderá o início da temporada. Sem ele, ficam em cheque os planos do GM Elgin Baylor para voar mais alto na já complicada Conferência Oeste. O jogador também acabou cortado da seleção norte-amenricana que disputará o Pré-olímpico.

Irã: Sem incidente nuclear, o país mais apreciado por W. Bush conseguiu a vaga asiática para as Olimpíadas de Pequim (que contam com a classificação automática da China, o país-sede). A classificação veio com uma vitória sobre o Líbano por 74 a 69.

Brasil sem pivôs: Os treinos da seleção brasileira tiveram início no sábado. Entretanto, o esperado Nenê foim uma baixa. Pediu autorização para retornar aos EUA, para resolver problemas pessoais e deve retornar durante a semana. 'Baby' e Anderson Varejão também desfalcam a equipe de Lula Ferreira por ainda não terem acertado seus contratos na NBA. Por enquanto contamos com JP Batista e Murilo (Talvez um Thiago Splitter improvisado na posição).

Brasil sem Alex e Paulão: O ala Alex ainda se recupera de lesão na mão e treinou separadamente do restante do elenco brasileiro. No aquecimento, ele já fez alguns arremessos e tomou contato com a bola, mas só deve estar 100% daqui a duas semanas. Paulão é outro que desfalca o time comandado por Lula. O principal jogador brasileiro do mundial juvenil em julho continua em recuperação de uma lesão no joelho.

Saiu o calendário da temporada 2007/08 da NBA. Para conferir: http://www.nba.com/schedules/

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Martín e a aversão ao banco

Craques não se conformam com o banco. Quando saem dele, não gostam de retornar e, se realmente são craques, fazem o suficiente com a bola laranja para mostrar que o assento ao lado da quadra serve apenas para alguns minutos de descanso.

O personagem desta semana foi, nesta sexta-feira, um destes casos. O argentino Maximiliano Martín, de 17 anos, iniciou o jogo das estrelas do Basketball Without Borders – evento beneficente da NBA realizado no Esporte Clube Pinheiros – como ilustre expectador. Levantou do banco para armar as jogadas de seu time no meio do primeiro quarto e não saiu mais.

Numa partida extremamente conservadora, com garotos tímidos jogando para treinadores-ídolos como Shawn Marion, Luke Walton, Leandrinho e Nenê, Martín foi o único a dar espetáculo. Afobado, cometendo faltas, não começou bem, mas logo se tornava o mais insinuante em quadra, roubando bolas e fazendo grandes arremessos.

O armador é uma jovem promessa para o basquete ‘hermano’, talvez o único jogador que realmente vingue entre os que se apresentaram na clínica do BWB durante esta semana. Formado na Academia BQT, dirigida pela família Ginóbili, o jogador passou o mês de julho na Espanha. Os clubes interessados no jovem: Real Madrid e Estudiantes.

No currículo do garoto já há uma grande conquista. Ele esteve entre os selecionados argentinos que levaram o último caneco Sul-americano juvenil. Na competição, ele foi um dos destaques da equipe, ao lado de Ezequiel Manzanares.

Resta saber se ele continuará com aversão ao banco de reservas. Para o bem do basquete, esperamos que sim.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Kevin Garnett: Celtics de volta ao topo?

O blog estréia numa quarta-feira, dia em que reservo uma coluna para o basquete europeu. Entretanto, não poderia haver uma lacuna sobre a transferência mais importante da NBA desde o fim da temporada na liga norte-americana.

O ala Kevin Garnett reforça agora o Boston Celtics e o Minnesota Timberwolves recebeu um time inteiro em troca: os alas Al Jefferson, Gerald Green e Ryan Gomes, o armador Sebastian Telfair e o pivô Theo Ratliff, além de duas escolhas de primeira rodada no draft.

Desta forma, a franquia comandada pelo técnico Doc Rivers se torna um dos favoritos para chegar às finais pela Conferência Leste. O trio formado por Ray Allen (recém-chegado do Seattle SuperSonics), Paul Pierce e KG já é comparado por alguns a Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parrish, que fizeram história pelo time de Massaschusetts.

Bom, antes de colocarmos os Celtics diretamente nas finais, vamos expor os principais obstáculos para a franquia recordista de títulos da NBA voltar aos seus tempos de glória:

1º - Os outros times: Detroit Pistons, Claveland Cavaliers, Miami Heat e Chicago Bulls não devem facilitar o jogo para o trio estelar de Boston. Nenhuma destas equipes têm tantos talentos reunidos, mas todas elas possuem mais opções no banco de reservas, além de menores carências na armação ou no garrafão.

2º - Distribuição das jogadas: Entre os três, quem fará a maior parte dos arremessos? Estes jogadores estão acostumados a serem a peça central de um esquema tático. Ainda não se sabe como irão reagir tendo de dividir a bola.

3º - Carregadores de piano: Se o GM Danny Ainge não assinar com mais ninguém, o Boston terá na sua linha inicial Rajon Rondo e Kendrick Perkins. Não são coadjuvantes à altura de Steve Kerr ou Robert Horry.

4º - Defesa: Talvez o mais importante. Esse time terá de aprender a defender. No ano passado, eles foram apenas 18º time a permitir menos pontos. Os Timberwolves, apesar dos inúmeros rebotes de KG, ficaram no 22º lugar.